A retomada do emprego formal no Brasil sob o 3º Governo Lula
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), consolidados entre 2023 e 2024, revelam um cenário promissor para o mercado de trabalho brasileiro: 2,1 milhões de empregos formais criados nesse período, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Esse resultado, que inclui uma média mensal de 87,5 mil vagas com carteira assinada, reflete a recuperação econômica sustentada e a eficácia de políticas públicas focadas na geração de emprego, na reindustrialização e na redução das desigualdades regionais.
Em 2023, primeiro ano do terceiro governo Lula, o país gerou 1,483 milhão de postos formais, o melhor desempenho desde 2010, excluindo o ano atípico de 2021 (pós-flexibilização da pandemia). Em 2024, apesar de um contexto global desacelerado, o Brasil manteve a trajetória positiva, com 618 mil vagas criadas apenas nos primeiros sete meses (até julho), projetando um total anual próximo a 1 milhão. Tais números consolidam uma reversão clara da estagnação do período 2016-2022, quando a taxa média de desemprego atingiu 12,5% e o emprego formal cresceu apenas 0,7% ao ano.
A análise setorial mostra avanços em áreas prioritárias para o governo. A indústria de transformação, por exemplo, registrou 192 mil novos empregos em 2023, o maior saldo desde 2013, graças a incentivos fiscais e ao Programa Brasil Produtivo, que modernizou parques industriais. O setor de serviços, responsável por 60% das contratações, expandiu-se com políticas de crédito a micro e pequenas empresas, como o Simples Nacional Reforçado. Já a construção civil, impulsionada pelo Programa Minha Casa, Minha Vida e por obras de infraestrutura em regiões periféricas, gerou 122 mil vagas em 2023.
Regionalmente, destaca-se o Nordeste, que concentrou 23% das contratações formais em 2023 (340 mil empregos), impulsionado por investimentos em energia eólica e solar e pelo retorno de obras como a Transposição do São Francisco. A região Norte, por sua vez, teve crescimento de 9% no emprego formal em 2024, vinculado ao plano Amazônia Sustentável, que combina preservação ambiental e geração de renda.
O governo Lula priorizou a recomposição de políticas abandonadas nos anos anteriores, como o fortalecimento do Salário Mínimo (reajustado acima da inflação em 2023 e 2024) e a ampliação do Bolsa Família, que retirou 4 milhões de pessoas da extrema pobreza e estimulou o consumo em economias locais. Além disso, a retomada de investimentos públicos em infraestrutura (R$ 300 bilhões previstos no PPI 2023-2026) e a reativação de câmaras setoriais com sindicatos e empresários foram decisivas para reaquecer a confiança e o emprego.
Programas como Qualifica Brasil, que capacitou 1,2 milhão de trabalhadores para setores tecnológicos entre 2023 e 2024, e o Pró-Indústria, que destinou R$ 50 bilhões à inovação industrial, mostram que é possível conciliar produtividade e inclusão.
Os números do CAGED comprovam que, quando o Estado atua com planejamento e foco social, o mercado de trabalho responde. Para milhões de brasileiros, esses empregos significam acesso a direitos trabalhistas, previdência e dignidade. O terceiro Governo Lula demonstra que a retomada do desenvolvimento passa necessariamente pela valorização do trabalho e pela redução das assimetrias regionais. O caminho é longo, mas os dados recentes indicam que o Brasil está, finalmente, recalculando sua rota.
Fontes consultadas
Ministério do Trabalho e Emprego: Relatórios do CAGED (2023-2024), IBGE: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – 2023-2024, Portal da Transparência: Investimentos do PPI (Plano Parcerias e Investimentos) e Políticas públicas citadas: Programas federais em vigor no período (ex: Brasil Produtivo, Qualifica Brasil).
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