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Fiasco do ato pela anistia aos terroristas do 8 de janeiro

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Até a tentativa de inflar os números revelou desespero. O UOL citou que PMs teriam sido orientados a “aumentar artificialmente” a presença, evitando “frustrar” a expectativa de força. Já o ICL Notícias lembrou que o Congresso Nacional, hoje sob outras lideranças, ignora as pautas bolsonaristas. A manipulação de imagens e a insistência em narrativas conspiratórias só ampliam o descrédito. Os atos de 2025 comprovam que Bolsonaro deixou de ser um ator central na política nacional. Sem apoio popular maciço, sem respaldo institucional e com uma agenda que não dialoga com urgências sociais, seu projeto reduz-se a um eco do passado. Resta saber se ele aceitará esse lugar marginal ou seguirá alimentando crises que, cada vez mais, só interessam a uma minoria. Os recentes atos públicos convocados por Jair Bolsonaro, em São Paulo e no Rio de Janeiro, confirmaram uma crise de apoio que vai além da queda nas ruas. Com público estimado em 3 mil pessoas na Avenida Paulista e metade do compareciment...

Terra Transfigurada: aliança e esperança na Ecologia Integral (2° Dom/Quaresma)

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Por Levon Nascimento A Quaresma não é só um tempo de mudança interior, mas também de transformação do mundo ao nosso redor. Em 2025, a Campanha da Fraternidade traz o tema Ecologia Integral , nos convidando a olhar para as leituras do segundo domingo da Quaresma e perceber a conexão profunda entre humanidade e criação. Nos textos de Gênesis 15, Filipenses 3-4 e Lucas 9 , há um chamado claro para reconciliarmos nossa relação com a Terra, ecoando a mensagem do Papa Francisco na Laudato Si’ : “Tudo está interligado”. A aliança da Terra (Gênesis 15,5-12.17-18). Deus leva Abrão para a Terra Prometida, um lugar fértil e cheio de vida, a “Casa Comum” de nossos primitivos pais na fé, onde sua descendência poderá viver (Gn 15,5-7) . Mas essa promessa não se limita a um povo — ela inclui a própria terra como um dom para todos. O ritual dos animais partidos (Gn 15,9-10) sela uma aliança firme: a Terra é presente de Deus, não um recurso para exploração desenfreada. No entanto, hoje quebramos...

Vlade Patrício: o contador de histórias do Alto Rio Pardo

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Em um mundo onde tudo corre depressa e as memórias parecem escorregar pelo tempo, surge um contador de histórias que faz questão de resgatar e eternizar as lembranças do seu povo. Esse é Vlade Patrício , um mineiro de Rio Pardo de Minas, que transforma o cotidiano em literatura e nos convida a mergulhar no universo rico e simples do Norte de Minas Gerais. Com dois livros na bagagem – "Um olhar no passado" e "Retalhos de Prosas" – Vlade se firma como um verdadeiro artesão das palavras. Ele não apenas escreve, mas transporta o leitor para um tempo em que as histórias eram contadas ao redor do fogão a lenha, passadas de geração em geração. Seu olhar sensível para as pessoas e os detalhes transforma cada cena em um retrato vivo da cultura popular. Seus textos são um convite para conhecer figuras pitorescas, reviver tradições e se encantar com a simplicidade cheia de significados da vida interiorana. O humor e a poesia caminham lado a lado em sua escrita, criando um eq...

Ecologia Integral: cuidar dos idosos é dever das gerações mais novas

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A família, núcleo fundamental da sociedade, carrega consigo uma responsabilidade ética e afetiva para com seus membros mais vulneráveis: os idosos e aqueles adoecidos. Essa responsabilidade transcende obrigações legais ou culturais; trata-se de uma questão de dignidade humana e justiça intergeracional. A "Ecologia Integral", conceito proposto pelo Papa Francisco na encíclica Laudato Si’ , reforça essa ideia ao defender que todas as dimensões da vida — social, ambiental, econômica e humana — estão interligadas. Assim, cuidar dos idosos não é apenas um ato individual, mas parte de um ecossistema relacional que sustenta a vida em comunidade. A dignidade humana dos idosos está intrinsecamente ligada ao modo como são acolhidos e valorizados. Em uma sociedade que muitas vezes idolatra a produtividade e a juventude, idosos e enfermos podem ser marginalizados, como se sua existência perdesse valor. Cabe à família, como primeiro espaço de pertencimento, garantir que esses indivíduos...

A religião pode cegar tanto quanto pode libertar? Análise histórica e não teológica

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Ao longo da história, a religião tem sido uma força paradoxal: enquanto em alguns contextos serviu como instrumento de dominação e segregação, em outros foi catalisadora de avanços sociais e culturais. Essa dualidade não reside na essência do sagrado, mas na forma como as estruturas de poder manipularam suas narrativas. Analisando exemplos históricos, é possível identificar como a fé tanto cegou sociedades a aceitarem opressões quanto libertou-as para construir legados humanistas. A religião, quando institucionalizada, frequentemente legitimou hierarquias e justificou violências. Na Mesopotâmia, por exemplo, os governantes eram vistos como intermediários diretos dos deuses, consolidando um poder absoluto. Como apontam estudos, “o rei geralmente atuava como agente da divindade”, e questionar sua autoridade equivalia a desafiar o próprio sagrado. Esse mecanismo de controle perpetuou desigualdades, como na sociedade egípcia, onde a religião moldou até mesmo a arquitetura e as leis par...

Antítese

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Primeiro Dia “No princípio, Deus criou os céus e a terra. […] Deus disse: ‘Haja luz’, e houve luz. […] E Deus chamou à luz Dia, e às trevas chamou Noite. […] E houve tarde e manhã, o primeiro dia”   (Gn 1,1-5). …e a ambição pairou sobre o vazio das consciências. E os humanos disseram:   “Façamos da Terra nossa serva”.   E assim, em vez de luz, ergueu-se a fumaça das chaminés, e as trevas cobriram o céu de partículas que sufocam as estrelas. Segundo Dia “Depois Deus disse: ‘Haja um firmamento entre as águas, separando umas das outras’. […] E Deus chamou ao firmamento Céu. […] E houve tarde e manhã, o segundo dia”  (Gn 1,6-8). …os rios, outrora límpidos, foram trespassados por venenos. Agrotóxicos escorreram como sangue envenenado sobre o solo, e as águas, que um dia geraram vida, tornaram-se cemitérios líquidos. Os peixes boiaram de barriga para cima, e as crianças já não puderam beber das fontes que seus avós cantavam. Terceiro Dia “Então Deus disse: ‘Ajuntem-se as á...

É possível salvar as almas sem se preocupar com os corpos?

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Sabe aquela expressão "salvar almas"? Parece resumir tudo o que o cristianismo prega, né? Mas, na real, essa ideia pode ser bem perigosa se a gente não prestar atenção. Imagina uma fé que só se preocupa com o espírito, ignorando o que acontece com o corpo e o mundo ao nosso redor. Isso não só distorce o Evangelho, como também ajuda a manter as coisas ruins do jeito que estão. A fé de verdade precisa enxergar o ser humano por inteiro: corpo e alma caminhando juntos. E a Igreja, seguindo os ensinamentos da Doutrina Social e se preocupando com os mais pobres, tem que lutar por uma vida digna para todos, aqui e agora. A Bíblia e a Igreja sempre ensinaram que corpo e alma não se separam. São Paulo fala da ressurreição do corpo (1Cor 15), e o Catecismo diz que somos "unos" (CIC §362) . Reduzir a salvação a uma conquista espiritual é negar que Jesus veio ao mundo e se fez carne. Como disse São João Crisóstomo: "Honre Cristo nos pobres; não adore seu corpo na igreja ...

HISTÓRIA - Novo Capitalismo ou Feudalismo 2.0? O Tecnofeudalismo

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Em um mundo onde gigantes como   Amazon ,   Google   e   Meta   ditam as regras do jogo econômico, um termo vem ganhando força nos debates acadêmicos e midiáticos:   tecnofeudalismo . Cunhado pelo economista grego Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças da Grécia, o conceito foi ampliado por pensadores como Aaron Bastani, autor de   “Fully Automated Luxury Communism” , e Evgeny Morozov, crítico ferrenho do poder das   Big   Techs . A teoria propõe uma analogia histórica ousada: as plataformas digitais operariam como senhores feudais, substituindo a lógica produtiva do capitalismo por um sistema baseado em extração de renda e controle de territórios virtuais. Mas será que o capitalismo realmente morreu? E o que define essa suposta nova era? No feudalismo medieval, os senhores de terra cobravam tributos (como uma parte da colheita) dos camponeses, que dependiam do acesso ao solo para sobreviver. No   tecnofeudalismo , as plataformas dig...

Ainda Estou Aqui: o Oscar que ilumina a memória e resiste ao esquecimento

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A vitória do filme   “Ainda Estou Aqui”   no Oscar, como Melhor Filme Internacional, não é apenas uma conquista histórica para o cinema brasileiro. É um ato político. A obra, adaptada do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice Paiva e do deputado Rubens Paiva, vítima emblemática da ditadura militar, resgata uma narrativa de dor, resistência e luta contra o apagamento. Num momento em que setores da extrema-direita brasileira tentam reescrever a história, negando os crimes da ditadura (1964-1985), o reconhecimento internacional do filme é um recado poderoso: a arte não se cala diante do fascismo. A história do filme se entrelaça com a trajetória da família Paiva, cujo destino foi atravessado pelo golpe de 1964, financiado e apoiado pelos Estados Unidos. Como destacado pelo   Brasil 247 , o governo de João Goulart (Jango) foi derrubado não apenas por suas   “reformas de base” , mas também por sua   “política externa independente”,   que desafio...

Você reza pela saúde do Papa Francisco?

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Em tempos de incerteza e angústia, a fé tem o poder de unir corações ao redor do mundo. A presente internação do Papa Francisco, que enfrenta complicações decorrentes de uma pneumonia dupla, tem mobilizado fiéis, líderes religiosos e instituições, tanto no Brasil quanto no exterior, para uma corrente de oração e esperança. Essa mobilização não apenas evidencia a relevância do pontífice da   “Casa Comum”   para milhões de pessoas, mas também ressalta como momentos de fragilidade podem fortalecer a comunhão e a solidariedade entre os cristãos e não-cristãos. Na Catedral de Buenos Aires, antiga sede do então Cardeal Bergoglio (Francisco), fiéis se reuniram em uma vigília de oração no domingo, 23. Esse gesto manifesta a devoção que move aqueles que, com fé, desejam a recuperação do Santo Padre argentino, reafirmando que a esperança é coletiva. No Brasil, a mobilização é ainda mais intensa e diversificada. De Norte a Sul, inúmeras iniciativas foram organizadas para interceder a Deu...